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Muitas espécies fruteiras nativas da região amazônica são ricas, sobretudo em virtude dos seus valores nutricionais, mas ainda são pouco conhecidas pelos agricultores locais. Com o objetivo de definir tecnologias que permitam o cultivo sustentável dessas fruteiras, a Embrapa Roraima desenvolve um projeto que visa pesquisar as possibilidades e potencialidades de cada uma delas. Dentre as mais de 30 espécies, serão selecionadas aquelas com maior valor, seja do ponto de vista agronômico, seja no quesito nutricional. A partir daí, serão geradas tecnologias que permitam obter uma produção de qualidade com pomares uniformes, produtivos e bem manejados.
De acordo com o pesquisador Edvan Alves Chagas, à frente do projeto da Embrapa Rondônia, para que o objetivo seja alcançado paralelamente serão desenvolvidos estudos para o aperfeiçoamento de técnicas de adubação de pomares, nutrição e manejo do solo. O objetivo é revelar a importância dos produtos frutícolas e agregar valor à produção regional.
— Só no Estado, temos mais de 30 espécies que são consumidas apenas pela flora silvestre, mas têm potencial tremendo. Algumas são ricas em vitamina C, outras em antioxidantes. Precisamos conhecer essa riqueza que temos e estudar técnicas que permitam uma exploração racional, sustentável dessa espécie, para que a gente possa realmente fazer com que o homem do campo consiga se beneficiar da riqueza que temos na região amazônica — define.
O trabalho tem três espécies prioritárias de pesquisa. Uma delas é o camu camu, regionalmente conhecido como caçari, que talvez seja a fruteira mais rica em vitamina C e já vem sendo trabalhada em outros Estados. Outra cultura pesquisada será o araçá, cuja população nativa atual é representativa na região e cujo suco é muito apreciado. O taperebá também estará no cerne dos estudos. Também conhecido como cajá, nativo desde a região atlântica até o Norte do País, é também muito apreciado para a produção de sucos.
Diversas instituições e pesquisadores das mais variadas especialidades reúnem esforços para a realização desse projeto. Cada especialista, em sua área, irá trabalhar uma etapa da cadeia produtiva. Ao final, serão geradas tecnologias para as áreas de produção de mudas, adubação e nutrição de pomares, manejo e melhoramento genético. O projeto teve início em 2009 e ainda deve durar de três a cinco anos.
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